A dieta mediterrânica foi classificada Património Imaterial da Humanidade pela UNESCO. A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) declarou a dieta mediterrânica portuguesa como Património Imaterial da Humanidade. Saborosa e saudável, a dieta mediterrânica privilegia os alimentos de origem vegetal: fruta e legumes preferencialmente da época, pão e outros cereais e legumes secos. O azeite é a principal gordura utilizada para cozinhar e temperar. Pela sua composição, favorece a digestão e a assimilação de nutrientes, faz bem ao coração e contém antioxidantes. O leite, o queijo e os iogurtes também compõem a ementa diária. Este regime conta com um baixo consumo de carnes vermelhas, mais ricas em gorduras saturadas, e uma maior quantidade de peixe e de carnes brancas. Dois copos de vinho a acompanhar as refeições completam o menu.
Com origem no termo grego "daiata", a dieta mediterrânica é um estilo de vida, transmitido de geração em geração, que cria uma identidade cultural e social. Abrange técnicas e práticas produtivas, nomeadamente de agricultura e pescas, formas de preparação, de confeção e de consumo dos alimentos, festividades, tradições orais e expressões artísticas.
As novas técnicas de processamento, conservação e armazenamento dos alimentos, bem como o desenvolvimento dos modos de transporte, em termos de alcance, rapidez e capacidade, vieram melhorar a mobilidade de pessoas e produtos, tornando acessíveis à escala global muitos bens alimentares, que antes estariam disponíveis apenas nas suas áreas de produção. Ao mesmo tempo, grandes transformações sociais foram operadas. As condições de vida das populações do mundo ocidental alteraram-se progressiva e significativamente. Todas estas mudanças proporcionaram uma cada vez maior uniformização dos hábitos alimentares. A globalização alimentar é hoje uma realidade, praticamente em todo o mundo. O aumento do poder de compra originou a expansão das cadeias de fast food e o aumento do consumo deste tipo de alimentos, ricos em gorduras e em carne, tão distantes dos hábitos alimentares característicos da região do Mediterrâneo.
Quando se opta por comer fora de casa, num restaurante, que escolhas podemos fazer? É cada vez maior a oferta de fast-food, que se sobrepõe muitas vezes à cozinha tradicional portuguesa / mediterrânica.
No entanto, continuam a existir boas opções, mesmo a nível local, que permitem fazer uma alimentação mais tradicional e, certamente, mais saudável.