Como seria hoje a nossa alimentação se não conhecêssemos a abóbora, o amendoim, o ananás, a batata, o cacau, o feijão, o girassol, o milho, o pimento e o tomate?
Muito monótona, certamente.
Ora, na realidade, todos estes produtos são de origem americana e eram perfeitamente desconhecidos na Europa, e no resto do mundo, antes de 1500.
A dieta medieval portuguesa era bastante limitada, constando sobretudo de pão de trigo ou centeio; de legumes variados, com predomínio para as couves, o grão e as favas; de frutas, como as castanhas, as maçãs, as uvas ou os marmelos; de vinho e de azeite; e de mel, que servia de adoçante.
Algum peixe e alguma carne completavam a mesa dos mais abastados.
Com as grandes viagens de descobrimento, a partir do século XV, tudo mudou. As receitas que hoje dizemos ser "dos nossos avós" só existem devido à grande variedade de produtos proporcionados pelas viagens de Descobrimentos.
Os Peixinhos da horta são a receita que está na origem da “tempura” japonesa, a qual muitos de nós conhecemos ou da qual todos já ouvimos falar.
Na verdade, a "tempura" foi introduzida no Japão, em meados do século XVI, pelos portugueses.
Os Peixinhos da horta são um prato delicioso do tempo dos nossos avós e que ainda hoje continua a ir à mesa de muitos portugueses.
“Peixinhos da horta” (literally “Vegetable garden little fishes”) are the recipe wich originated japanese "tempura".
In fact, "tempura" was introduced in Japan in the mid-16th century by the Portuguese.
“Peixinhos da horta” are a delicious dish from the time of our grandparents, which still continues present at the table of many Portuguese.
No início do Século XIX, em Belém, havia junto ao Mosteiro dos Jerónimos uma refinação de cana-de-açúcar associada a um pequeno local de comércio variado. Como consequência da Revolução Liberal, em 1834 foram encerrados todos os conventos e mosteiros de Portugal, expulsando o clero e os trabalhadores.
Numa tentativa de sobrevivência, alguém do Mosteiro põe à venda nessa loja uns doces pastéis, rapidamente designados por “Pastéis de Belém”.
Na época, a zona de Belém era distante da cidade de Lisboa e o percurso era assegurado por barcos de vapor. No entanto, a imponência do Mosteiro dos Jerónimos e da Torre de Belém, atraía os visitantes que depressa se habituaram a saborear os deliciosos pastéis originários do Mosteiro.
Em 1837, inicia-se o fabrico dos “Pastéis de Belém”, em instalações anexas à refinação, segundo a antiga “receita secreta”, oriunda do Mosteiro.
As bifanas de Vendas Novas são uma especialidade típica desta localidade alentejana.
Um bom bife de lombo de porco, bem batido, frito num molho especial (secreto) dentro de um pão mais ou menos torrado e barrado com mostarda…
O cozido à portuguesa é um prato tradicional, composto por um conjunto de vegetais, carnes e enchidos cozidos. A história deste prato é bastante simples. Antigamente, os mais pobres não possuíam muito dinheiro. A solução para aproveitar as sobras era por tudo numa panela e cozer até se apurar uma refeição com bastante consistência com fim de lhes dar energia e, provavelmente, aquecerem-se um bocadinho nos dias mais frios.
É talvez um dos pratos mais apreciados da gastronomia portuguesa, com alguns séculos de existência.
Esta receita é um prato típico da gastronomia portuguesa, original da região da Estremadura. A sua criação é atribuída ao poeta Raimundo António de Bulhão Pato. Aparece como entrada ou petisco em muitos restaurantes portugueses.
O arroz de pato é um prato antigo e tradicional da culinária portuguesa. Embora apresente algumas variações regionais, a forma de o preparar é quase sempre idêntica de Norte a Sul do país.
Esta é uma das muitas formas que existem em Portugal de cozinhar o "fiel amigo", nome pelo qual é conhecido em muitos lares portugueses o bacalhau (seco e salgado). É uma receita muito utilizada na altura do Natal.
Prato típico dos homens do Tejo (os fragateiros faziam a faina no rio, transportando os produtos agrícolas -e outros - da Margem Sul para a capital), esta caldeirada está profundamente enraizada nas tradições das gentes da Moita. Para ser uma verdadeira Caldeirada à Fragateiro, deverá levar obrigatoriamente peixes do rio Tejo (tainha, enguia, choco...).
A Sericaia ou Sericá é um doce típico do Alto Alentejo, mais concretamente da região de Elvas. Deve ser cozida num prato de barro (existem pratos fabricados justamente para esse fim) e acompanhada pelas célebre ameixas em calda de Elvas.